(...) Eu vivia, de resto, agora, e cada vez mais, da minha imaginação. E foi por isso a partir de então que eu descobri a violência da realidade. Nada era como eu tinha fantasiado e não sabia porquê. Parecia-me que havia sempre outras coisas à minha volta que eu não supunha, e que essas coisas tinham sempre mais força do que eu julgava. Assim, a minha pessoa e tudo aquilo que eu escolhera para mim não tinham sobre o mais a importância que eu lhes dera. Chegado à realidade, muita coisa erguia a voz por sobre mim e me esquecia.
vergílio Ferreira, Manhã Submersa
2 comments:
Ah...que bom ouvir Vergílio logo pela manhã...
Assim, sem contar, escutar o sussurro de cada uma das suas palavras...
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Fantástica foto! Parabéns. :)
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