Então o amante da criatura interveio, ameaçadoramente. Era um polícia, um esteio da ordem: e deu a entender que lhe seria fácil provar como na villa Balzac se passavam "coisas contra a natureza", e que o pajem não era só para servir à mesa... Nauseado até à morte, Ega pactuou com a intrujice, largou cinco libras ao polícia. Quando nessa noite triste d'água, Carlos e Craft o acompanharam a Santa Apolônia, ele disse-lhes na carruagem estas palavras, triste resumo dum amor romântico:
- Sinto-me como se a alma me tivesse caído a uma latrina! Preciso de um banho por dentro!
Os Maias, Eça de Queiroz.
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