Quiz Questions:
- O que interpretaram do que foi dito nos meios de comunicação social?
- O que interpretam a partir do seguinte texto?
I would say that this problem of AIDS cannot be overcome with advertising slogans. If the soul is lacking, if Africans do not help one another, the scourge cannot be resolved by distributing condoms; quite the contrary, we risk worsening the problem. The solution can only come through a twofold commitment: firstly, the humanization of sexuality, in other words a spiritual and human renewal bringing a new way of behaving towards one another; and secondly, true friendship, above all with those who are suffering, a readiness — even through personal sacrifice — to be present with those who suffer. And these are the factors that help and bring visible progress.
Daqui, cheguei aqui, finalizei ali.
Podem chover as opiniões, sensatas ou iluminadas, ali na caixa de comentários.
Adenda: Beatos do Latex.
É que afinal o cinto segurança também é um método fundamental para evitar mortes na estrada, e é por isso qualquer pessoa responsável recomenda o seu uso, mas ninguém no seu juízo normal afirma que, ao colocá-lo, os condutores se podem atirar contra um muro a cem à hora …pelo menos até ao dia em que recomendar conduzir com precaução possa ser considerado “retrógrado” ou politicamente incorrecto.
3 comments:
Caríssimo afilhado,
gostei do percurso que fizeste para chegar à tua perspectiva pessoal, nomeadamente porque há o reconhecimento da importância dos estudos científicos na construção dessa tua perspectiva.
Reconheço que as campanhas para a utilização do preservativo não resolvem o problema da SIDA mas esta sociedade em que vivemos não tem tempo nem dinheiro (e, se calhar, nem vontade) para programas de intervenção de outra natureza. Para quem, por questões de não ter chegado a determinado estádio de desenvolvimento, não apreender a humanização da sexualidade (particularmente os mais jovens) o preservativo é sempre um meio de auto e hetero-protecção.
Bjs,
Cristina
Querida madrinha!!
A única coisa que tentei realçar foi a má mensagem transmitida pelos meios de comunicação social, que não só descontextualizou, como deturpou as palavras do papa.
Isso indignou-me ainda mais do que as supostas palavras do Papa.
O Papa não contestou sequer que o preservativo é um meio de protecção.
O que disse foi:
"Diria que o problema da SIDA não pode ser ultrapassado com publicidade. Se não existir alma, se os Africanos não se entre-ajudarem, o flagelo não será resolvido pela distribuição de preservativos. Muito pelo contrário, arriscamos tornar o problema mais grave."
Ou seja, é um silogismo: Se existir alma, se os Africanos se entre-ajudarem, o problema será resolvido. E daqui podemos inferir que um dos meios para contribuir para esta resolução poderá ser o preservativo. Não é negado.
Acharia lamentável uma afirmação gratuita do Papa como veiculada pelos meios de comunicação social. O que se veio a confirmar foi o que eu suspeitava: as afirmações gratuitas são dos jornalistas, não do Papa.
O que torna o assunto ainda mais grave.
Querido Daniel,
tens toda a razão: o assunto é grave e repete-se noutras áreas da vida portuguesa; à comunicação social interessa-lhe colocar palavras na boca das pessoas em relação a diversos assuntos mas particularmente em relação a assuntos que podem suscitar reacções mais acaloradas, como este.
A mim interessa-me sobretudo salientar que não contestar explicitamente o uso do preservativo (o que me parece que fez o Papa) não é o mesmo que reconhecer a sua importância enquanto (apenas) um elemento na co-construção activa do desenvolvimento (eu diria, humano) dos indivíduos sexuados.
Parece-me que o lado pernicioso da questão se situa no facto de muitos programas de intervenção na sexualidade actuarem sob a premissa linear e baseada na
"crença mágica" (digna de um pensamento infantil) de que o tal uso do cinto de segurança previne automaticamente os acidentes. Parece-me que o erro crasso está na tónica que se coloca no preservativo neste género de intervenções: o preservativo deve ser visto como um meio e não confundido com um fim em si mesmo.
Vamos ser realistas: sabe-se que não é com o uso do cinto de segurança que se previnem acidentes mas se no processo de aprendizagem de condução o indivíduo experimentar a importância de usar o cinto de segurança, tal ajudá-lo-à a ser mais cauteloso ao volante.
Beijinhos,
Cristina
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