Pedro Santos Guerreiro, Jornal de Negócios
Um dos problemas desta crise de excesso de envididamento no passado é que ela está a ser resolvida com mais endividamento para o futuro. Os Estados estão a investir para puxar pela economia, a gastar mais com subsídios sociais, nacionalizações, garantias e fundos a empresas. Pior ainda, a redução de cobrança de impostos decorrente do arrefecimento económico desequilibrará irremediavelmente a balança. E neste jogo deficitário e endividado, Portugal está particularmente mal posicionado, por ter agora um dos piores "ratings" da Zona Euro e por ter uma dívida externa já tão elevada.
É complicado encontrar um ponto de balanço entre investimento público e deixar a economia funcionar, e infelizmente creio que em Portugal este governo está a gastar como se não houvesse amanhã. Melhor, a meu ver, seria a redução da carga fiscal (em vez da atribuição de subsídios discricionários, com o mesmo efeito, a quem tem influência), o corte orçamental prioritarizado (a começar por todas as áreas que contribuam para o défice externo), a eliminação de determinadas barreiras alfandegárias no mundo lusófono.
A alma da economia precisa de novocaína.
PS: johny boy, talvez ainda se arranje meio de embelezar a política com uma fotografia??
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