A sonhar de olhos abertos
Nas paragens, nos desertos
A esperar de olhos fechados
Sem imagens de outros lados
A sonhar de olhos abertos
Sem viagens e regressos
A esperar de olhos fechados
Outro dia lado a lado
Aprende-se a calar a dor
A tremura, o rubor
O que sobra de paixão
Aprende-se a conter o gesto
A raiva, o protesto
E há um dia em que a alma
Nos rebenta nas mãos
Mafalda Veiga, Lado (a lado)
Há um dia em que a alma nos rebenta nas mãos. Não sei se hoje, se ontem, se amanhã.
Mas há: existe.
1 comment:
Só rebenta se não a fores deixando falar...
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