Não há memórias que o tempo não apague, não há desejos que a vontade não suprima, não há felicidade incompleta.
Há a vida. Há opções. Há dor.
Em suma, dou-me muito mal com a realidade. Prefiro a segurança da abstracção. Alguns chamam-lhe sonho.
Eu chamo-lhe refúgio.
And the feeling it gets left behind...
Oh the innocence broken with time.
We’re different behind the eyes, there’s no need to hide.
And the feeling it gets left behind...
Oh the innocence broken with lies.
We’re different behind the eyes.
We’re safe tonight.
I am mine, Pearl Jam
"There's no need to hide." Quer isto dizer que não há necessidade de esconder, ou de nos escondermos?
Nada tenho a esconder, e não tenho vontade de me esconder. Mas faço-o. No refúgio último da minha memória.
Em ti, até onde é que ela remonta? Tendo já perdido o sabor dos meus lábios, quão mais coisas perdeste de mim, de nós?
How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd;
*
Adenda: Falando de coisas úteis, reais, palpáveis, terrenas, já cumpri o meu dever cívico a semana passada, dia 12 de Janeiro. Sem saber que rumo a campanha poderia tomar. Sem saber se qualquer escândalo iria surgir. No fundo, o meu avô não perdoaria outro sentido no meu voto. E sim, cumprimentei o cônsul geral, o Stape pronunciou-se sobre a minha pessoa, e o meu acto eleitoral teve direito a uma acta só para ele.
Senti-me importante e acarinhado pelo estado. O que não é pouco.
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