
Há pessoas especiais e pessoas não especiais, e pessoas que são tudo. Há pessoas que são como as marés, vão e vêm, há pessoas que são rio, correm num só sentido. Outras ainda são lago, paradas, reflectindo todos os outros, fazendo todos nelas se reverem.
Umas pessoas passeiam de mãos dadas pelos jardins e pela estrada, no campo e na praia, nos prados alentejanos, ou pelas fragas transmontanas, nas ruas de uma cidade, ou pelas estradas dos subúrbios. Outras percorrem exactamente o mesmo percurso sozinhas, encontrando-se momentaneamente. Outras não saem de casa.
Alguns dizem-se rever em alguém. Outros afirmam a sua identidade única. Outros não se preocupam com tal.
Podia dizer que todas as pessoas pertencem a grupos. Mas há aquelas que a nada pertencem, mas em tudo estão contidas.
E não vale a pena falar de quem alguém é. Alguém que é, é para nós. E eu não sei. O que és. Mas estás sempre comigo. Longe e perto.
Não posso falar da Teresa. No meio de tudo o que é conturbado, ela fala por si.
PS: A distância aumenta alguns fossos. Se puxarmos o suficiente, o fosso torna-se vale. E lá podemo-nos encontrar. Já queria ter escrito isto há muito. Para te ouvir, falares por ti.
Adenda: Há alguém que este fim-de-semana esteve no meu coracão. Estava antes e depois de qualquer acontecimento. Queria escrever-te Patrícia, mas já sabemos que é escusado. Qualquer palavra é vã. O meu avô dizia: quando parte um Homem, parte uma enciclopédia viva. A perda é irreparável. Mas sei que leste muito do conhecimento que ele encerrava... E que qualquer pessoa que tenha estado na tua vida perdura, nas tuas palavras, no teu olhar, no teu beijo, no teu sorriso...
1 comment:
ai daniel...sei que estiveste comigo...
e estiveram com ele tantas, mas tantas pessoas...
e eu vou ficar bem...*
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