Á procura de um poema de Sophia, encontrei este. Era isto que te queria dizer em Maio. Recomeca se quiseres. ("Comigo", sussurrei, tão baixinho que os dedos não foram pesados o suficiente para que a mensagem aparecesse no teu ecrã). Com passos firmes. Sem angústia, sem pressa... comigo!
"Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade."
Miguel Torga
Tu tiveste pressa. E deste-me a angústia. E ficamos com o fruto do nosso amor pela metade. E eu, em vez de caminhar livremente contigo, para onde quisermos ir (e sabemos tão bem o que queremos!), apenas posso arrastar-me para onde tu fores, preso, rastejante, suplicante...
Too much, too soon, só para chegar á ponte. E agora, em vez de a atravessarmos lentamente, de mão dada, timidamente, saboreando a brisa do rio, preferiste ir de comboio: "e o meu coração embora / finja fazer mil viagens / fica batendo parado naquela estacão".
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